A Relação do Homem com a Natureza.
Água e esgoto como política pública
Relations between Man and Nature
Water and Sewage as Public Policy
(Este texto faz parte da blogagem coletiva sobre Saneamento)
O meio ambiente é a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. É um conceito abrangente, que compreende toda a natureza, bem como os bens culturais correlatos, incluindo o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico. Este conceito compreende os três aspectos do meio ambiente: o natural, o artificial e o cultural.
O ambiente natural é constituído pelo solo, a água, o ar atmosférico, a fauna, a flora, caracterizando uma interação dos seres vivos com o seu meio. Quanto ao meio ambiente artificial, ele se relaciona com o espaço urbano construído, como o conjunto de edificações e de equipamentos públicos, abrangendo as ruas, praças, áreas verdes, espaços livres em geral. O ambiente cultural é integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e turístico, que, como obra humana, adquiriram valor especial atribuído pela sociedade.
A conceituação do chamado poder de polícia encontra-se na concepção do Estado como gerente reprodutor da correlação de forças políticas, sociais e econômicas. É legítimo ao Estado impor o seu poder a fim de assegurar a permanência de uma determinada visão de mundo, dentro de um regime político previamente estabelecido. A questão refere-se às relações entre o Estado e os cidadãos, bem como àquelas que dizem respeito à possibilidade de o Estado intervir na vida social como agente ativo. No direito público estão compreendidas as manifestações de autoridade da administração; no direito privado, encontramos as exteriorizações de vontade dos indivíduos enquanto agentes econômicos, onde os sujeitos de direito elaboram os chamados negócios jurídicos, embora já se possa constatar a existência de atividades privadas com caráter de iniciativa pública.
Desenvolvimento e Sustentabilidade
A dimensão social dos indicadores de desenvolvimento sustentável corresponde, especialmente, aos objetivos ligados à satisfação das necessidades humanas, melhoria da qualidade de vida e justiça social, abrangendo os temas população, equidade, saúde, educação, habitação e segurança, entre outros. A maioria dos ganhos produzidos por vários séculos de desenvolvimento econômico foi invalidada pela separação entre os seres humanos e a natureza e pela degradação ecológica resultante.
Os riscos de grande conseqüência surgiram do impacto do desenvolvimento técnico-industrial sem limites sobre o homem - como produtor e consumidor, sobre a natureza e sobre a sociedade e sua organização. Estes riscos são originados principalmente das seguintes causas: o impacto do desenvolvimento social moderno sobre os ecossistemas mundiais; o desenvolvimento da pobreza em larga escala; as armas de destruição em massa com suas possibilidades de violência coletiva, e a repressão dos direitos da cidadania.
O poder do homem sobre a natureza não o ajudou a resolver seus problemas de organização sócio-ambiental, mas conseguiu degradar a natureza. Se, na tradição, havia um espaço-tempo certo para plantar, para colher, para construir e para viver, na pós-modernidade, a ciência tecnológica demonstra sua performance criando e recriando o entorno para qualquer atividade e a qualquer momento, desde que essa atividade resulte em lucro.
Como resultado deste processo, o entorno é marcado pela emergência ou intensificação dos problemas sócio-ambientais globais, a saber: deterioração sócio-ambiental; risco de acidentes nucleares ou biotecnológicos; desertificação; desmatamento; perda da biodiversidade; aquecimento global e destruição da camada de ozônio.
Os riscos de grande conseqüência são imprevisíveis e de difícil delimitação, mas podem ser exagerados, incontroláveis e afetar a todos, criando uma sociedade insegura diante de um futuro incerto e indefinido. Assim, a expectativa de riscos de grandes conseqüências, de caráter negativo - um desenvolvimento insustentável, deve ser substituído por um enfoque de sustentabilidade, sob uma visão transdisciplinar e transversal, devido aos seus aspectos sociais, éticos, econômicos, culturais, políticos e ambientais.
Verifica-se, assim, a influência direta do meio ambiente em que o homem vive em sua qualidade de vida, caracterizando-a como um bem, cuja preservação e recuperação tornaram-se um imperativo do Poder Público, para garantir boas condições de trabalho, lazer, educação, saúde, segurança, criando, em conseqüência, o bem estar e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Existe a necessidade de se cuidar do meio ambiente com comprometimento, como indivíduo, sociedade, Estado e Nação, a partir da visão holística de que fazemos parte da natureza.
Quanto ao relacionamento do Estado com a natureza, as políticas públicas precisam ser direcionadas para as diretrizes baseadas na ética, na transversalidade, no controle ambiental, no fortalecimento das políticas ambientais, visando a um desenvolvimento sustentável. Esses princípios devem ser a base das políticas ambientais, nacional e internacionalmente, com a participação de organismos internacionais, de representantes dos governos locais, dos poderes legislativo e judiciário, do ministério público, das entidades de classes, empresas, universidades, escolas, comunidades tradicionais e organizações civis.
O problema do desenvolvimento
Durante a década de 90, as informações disponíveis apontam sempre para continuidade do ritmo de declínio do crescimento populacional. Nos países em desenvolvimento, embora os últimos censos demográficos apontem para o declínio da taxa de crescimento populacional, o aumento da população urbana ainda é muito elevado, criando uma pressão na busca de soluções para os problemas de saúde, habitação, educação, segurança, saneamento e infra-estrutura, indispensáveis para garantir qualidade de vida nas cidades.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
ONU
Foto: ramosforest – Museu da Água – Rio Piracicaba – Piracicaba SP Brasil
9 comentários:
Luiz
Onde exite água havéra sempre esgoto.
No Brasil o número de domicílios sem saneamento básico é alarmante, o que contribui muito para que despejos de esgoto sejam lançados "in natura" nos cursos d'água. Nesse caso a responsabilidade está a cargo de políticas públicas que não são implementadas no país.
A água doce do planeta está ficando cada vez mais escassa, e não há por parte das autoridades públicas interesse de priorizar suas propostas na direção da preservação, conscientização e educação ambiental.
Cada um de nós tem por obrigação, fazermos nossa parte e da melhor forma possível, nesse caso o trabalho de formiguinha é fundamental, enquanto aguardamos de olhos arregalados as medidas corretas serem implementadas.
Boa blogada.
Bjs,
Denise BC
Cada um tem q fazer sua parte, para evitar q o pior aconteça, o mesmo vale pros governantes q devem ter a OBRIGAÇÃO E DEVER de zelar pela saúde da população e investir em SANEAMENTO BÁSICO.
Tb participo da blogagem.
Big Beijos e Feliz Páscoa!
Luiz, o cidadão e o Estados têm que agir como parceiros na busca da melhora da saúde pública. Não adianta jogar a bola de um lado para o outro. Se cada um fizer a sua parte, teremos um futuro mais promissor! Feliz páscoa!! Beijus
Hola , he visto tu mensaje en mi blog y estoy visitando el tuyo.
Muy interesante lo que escribes, aunque me cuesta leer en portuges seguiré intentando leer todo. Un saludo desde España
Oh, Luiz,e pesar dos apelos a degradação ao meio ambiente continua... Por que será que o homem apenas toma alguma providência quando a tragédia lhe bate na porta?! Eu estou cansada de ver gente lavando o carro todas as semanas, quando pode ser feito de outra forma? Um simples espanador adia a lavagem para 1 mês... Beijos e parabéns pelo sábio post.
A blogagem coletiva tem seu papel importante na informação, isso é legal. A água é um direito humano, infelizmente existem pessoas que tem esse direito violado.
Amigo
Sei que tudo deve ser feito, o mais rápido e na maior intensidade possíveis. Só temo que seja tarde.
O planeta ultrapassou o ponto de saturação.
Forte Abraço
do Marcos
Oi Luiz, as Cias. de tratamento e distribuição de Água no Brasil,só visão o lucro, exploram de forma abusiva o que a Natureza nos dá de graça, e tem Cia. que usa parte do lucro para patrocinar propagandas de Governo de Estado, como faz a COPASA/MG, patrocinando show de grupo de Rock no Canecão no Rio de Janeiro!!!!
Manoel Arede direto de Mississauga/Canada
OI Luiz
parabéns pela excelente blogagem .
Um artigo que informa e conscientiza.
Sobre o que você escreveu lá no Florais . me chama de novo que eu vou heim???
Postar um comentário