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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Heveicultura e gavetas virtuais



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Heveicultura e gavetas virtuais

A Maria Chica gosta de arrumar suas gavetas. Eu também gosto de arrumar meus armários e gavetas periodicamente. Acontece que esses períodos dependem do meu estado anímico, pois, há épocas em que me vem uma vontade grande de mudanças, renovações e inovações. Alguma vez até pensei que fossem ciclos de sete anos, como dizem algumas pessoas.

Assim é que, hoje, resolvi repassar algumas “gavetas” virtuais em meu computador, dentre muitas outras matérias, encontrei uma, de 2004, que anunciava a ajuda que a plantação da borracha (Hevea) daria à agricultura familiar para alcançar a sustentabilidade. O projeto nacional de Sistemas Agroflorestais seria desenvolvido pela Embrapa Solos no ano de 2005, utilizando a seringueira como a cultura principal para alcançar a sustentabilidade da agricultura familiar. Para tanto a cultura da seringueira estaria convivendo com outras plantas, como café, palmito, maracujá, abacaxi, milho, arroz, feijão. O projeto piloto seria realizado no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, que ainda não tinham desenvolvido sistemas de plantio da seringueira. Outros estados, como Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, já possuiriam sistemas florestais relacionados à seringueira associada com outras culturas agrícolas. A seringueira tem sua produção iniciada por volta dos sete anos de sua plantação. Assim, as culturas de outros insumos associados amortizariam o custo da área ocupada.

No estado do Rio de Janeiro existiriam algumas plantações de seringueira, desde os anos 80, segundo a noticia, como no município de Guapimirim, com a produção de coágulo (látex natural colhido da planta). A nível nacional, o projeto da Embrapa Solos trabalhava com 250 mil mudas a serem plantadas em São Paulo, em 15 anos. O objetivo desse projeto seria a redução da importação de derivados da borracha, privilegiando a borracha natural, com mais sustentabilidade. A borracha sintética é derivada do petróleo, um recurso natural não renovável e poluente.

Agora, pergunto-me, como andará esse projeto?

Luiz Ramos

Arte: ramosforest

(Este meu texto foi publicado em 2007 no Globoonliners)

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, Luiz, projetos assim que dão vida digna aos moradores de florestas e áreas verdes, são importantes para promover a preservação delas.
abraço, garoto

Madalena Barranco disse...

Querido pai Luiz,

É lamentável que um projeto tão bonito esteja "esquecido"... A parceria do homem com a natureza dessa forma me prece muito saudável!

Obrigada pela sua mensagem sobre as férias dos Morangos - rsrsrsr. Começarei na 2 feira a cuidar de alguns projetos meio que "engavetados" e também de curtas viagens, que surgiram como algo inesperado e que me ajudarão a descansar a mente e as dores de cabeça.

Beijos, com carinho.
P.S.: o novo visual de seu blog é lindo!!

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