
A luz que perdura
Uma homenagem ao Fábio Freitas, recém falecido.
Um dia, enquanto tomávamos café passado em coador de pano ao lado do fogão de lenha, lá no Globoonliners, surgiu o Fábio Freitas com seu estilo impar. Ele me pareceu misterioso, mas presente. Foi só no inicio, pois, com o tempo, o Freitas se transformou em um companheiro sempre esperado nos nossos contatos virtuais.
Seus comentários precisos, inteligentes, cultos, ilustravam nossas postagens e enriqueciam os nossos textos. Com o passar do tempo, seu caráter, sua presteza, sua cultura se sobressaíram. Sua admiração pelo pai era enorme. Freitas era um sujeito prestativo, sem dúvida. Um dia, instalei uma Webcam em meu computador, mas a nova tecnologia se recusava a me deixar usá-la. Não dava certo nunca. Foi ai que entraram os conhecimentos do Freitas, e suas dicas me deram a oportunidade de usar a Webcam.
Em outra oportunidade, ele me convidou para participar, em um auditório em Copacabana, de uma leitura de poemas e entrevista com o Ferreira Gullar. Houve um grande desencontro de dia e horário, mas valeu a intenção de ver o poeta e ouvir o Poema Sujo.
Ultimamente, John Lennon, muito admirado pelo Freitas, tinha sido uma constante em suas postagens. Mas, o que ficou do Freitas foi a frase do Millor que ele publicou: “O sol é de quem olha”. Que a luz do Freitas seja nossa, que sempre o admiramos.
Luiz Ramos©
Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2010.
Foto:ramosforest©