Mês de junho é o mês das festas de Santo Antonio, São João e São Pedro. Costumes sadios como a canjica, o quentão, a maçã do amor, as danças e as fogueiras contrapõem-se ao criminoso costume de soltar balões.
Os balões são lindos, bem feitos e divertem adultos e crianças. Porém, enquanto escrevo sinto o vento com cheiro de fumaça de uma grande queimada no Morro dos Cabritos, relevo que separa a Lagoa Rodrigo de Freitas dos bairros de Copacabana, Botafogo e Ipanema, no Rio de Janeiro.
Ontem, durante o dia, fotografei um lindo balão que caia sobre a Lagoa, trazido pelos ventos (primeira foto). À noite, outro balão teria caído e um grande incêndio se espalhou por todo o Morro dos Cabritos (segunda foto). O local é uma das belas paisagens do Rio de Janeiro, coberta de vegetação, aves e muitas residências.
Quem acompanha meus blogs e minhas fotografias conhece a variedade da fauna e da flora do local. São garças, patos, sabiás, saíras, sanhaços, gaviões, borboletas azuis e borboletas amarelas, entre muitos outros habitantes e visitantes da região.
A tradição das festas juninas, e a beleza das brincadeiras e dos balões não podem justificar o perigo que representa um balão que cai sobre uma floresta, uma casa ou uma indústria. Não podemos esquecer que soltar balão, por sua periculosidade, é uma atividade criminosa e nociva para o indivíduo e para a natureza.
Nos dias 14 e 15 de abril, no Rio de Janeiro, o Grupo SAGE promoveu o Workshop “Clean Energy Technologies Analysis Using RETScreen Training”, de treinamento para o uso do software RETScreen®, ferramenta para o dimensionamento, simulação e análise de viabilidade técnica e econômica de sistemas energeticamente eficientes.
O RETScreen®, Software Internacional para Análise de Projetos de Energia Limpa é uma ferramenta essencial para suporte de decisão e desenvolvida com a contribuição de especialistas de áreas diversas como o governo, a indústria e a pesquisa acadêmica. O software, gratuito está disponível em 35 idiomas e é utilizado por mais de 230 mil profissionais em 222 países. O programa avalia a produção de energia, os custos, a redução de emissões, a viabilidade financeira e os riscos oriundos da produção de energias renováveis e tecnologias eficientes energeticamente (RETs).
O RETScreen utiliza os dados de projetos desenvolvidos pelos próprios interessados e inclui dados de produtos, bem como dados hidrológicos e climáticos provenientes das mais conceituadas fontes, e um detalhado manual do usuário.
O curso tratou de temas sobre iniciativas típicas para economia de energia elétrica e térmica, análise de projetos de energia eólica, solar, hidráulica e de biomassa. Participaram profissionais de diversas áreas e de vários estados brasileiros. O Workshop foi ministrado pelo especialista em energia renovável Stefan Tylak, do Canadá, com a assistência de Reynaldo Sigiliao, Consultor sobre Eficiência Energética, e Mariana Queiróz, Consultora do Programa. A coordenação geral está a cargo do Engenheiro Pedro Paulo da Silva Filho, Diretor Geral do Grupo SAGE, do Rio de Janeiro.
Eventos como este promovem a conscientização sobre a necessidade de preservação ambiental com iniciativas sustentáveis.
A Lagoa Rodrigo de Freitas está repleta de peixes mortos por algum elemento estranho ao seu meio natural. Será que as autoridades sabem explicar as causas da mortandade de peixes? E como está o serviço de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas?
Existe, culturalmente, uma aparente divergência entre desenvolvimento e meio ambiente. Historicamente, a natureza foi reconhecida como recurso a ser utilizado pelo homem em beneficio próprio e para movimentar a economia das sociedades. A partir das pesquisas sobre energia nuclear, nos anos da Segunda Grande Guerra Mundial, surgiu a preocupação com os efeitos do uso indiscriminado dos recursos naturais, ao mesmo tempo em que novos pólos de poder se institucionalizavam no âmbito internacional. Neste contexto, surgiram o Clube de Roma, a Guerra Fria, a OTAN, o movimento a favor da Paz e as idéias sobre preservação dos recursos da natureza.
Em 1972, de uma Conferência das Nações Unidas, surgiu a Convenção de Estocolmo sobre Meio Ambiente. Em meados dos anos 80, em vista dos conflitos criados entre desenvolvimento e meio ambiente, surgiu a teoria de desenvolvimento sustentável.
No Brasil, na década de 70, o estado do Rio de Janeiro já esboçava sua Secretaria de Meio ambiente, enquanto, nos anos 80, no âmbito nacional, era publicada a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. De grande importância, foi a realização no Rio de Janeiro, em 1992, do maior evento já realizado sobre meio ambiente e qualidade de vida, a ECO RIO 92.
No Brasil e no Mundo, a preocupação com os usos dos recursos naturais foi criando uma nova consciência sobre utilização, conservação e preservação do meio ambiente. A natureza e seus recursos deixaram de ser um bem infinito e de uso livre pelo homem e passaram a ser considerados, em geral, como recursos finitos e de responsabilidade coletiva. Nesta coletividade estão incluídos os cidadãos, as associações, as empresas e o Estado.
As atividades econômicas e seus efeitos sobre o meio ambiente são temas mundialmente discutidos. Legislações específicas, disciplinadoras de atividades econômicas potencialmente poluidoras, são criadas para evitar, compensar ou minimizar seus impactos ambientais negativos. Um dos instrumentos que surge na gestão ambiental de uma empresa é o Passivo Ambiental, que em Contabilidade significa as obrigações da empresa com terceiras pessoas. O passivo ambiental de uma empresa são os danos causados ao meio ambiente, é a responsabilidade social da empresa em seus aspectos ambientais, em seu sentido mais amplo.
Assim, o compromisso da empresa com seus fornecedores, com sua planta industrial e com seus clientes está calcado em sua responsabilidade com o meio em que exerce suas atividades. Meio este em seu sentido amplo: produtos, empregados e seus familiares, fornecedores, clientes, consumidores, vizinhos, a região em que se localiza, bem como o país e o planeta.
O passivo ambiental é representado pelos danos ambientais gerados e o ativo é representado pelos bens e direitos, incluídos as aplicações de recursos para recuperação de danos ambientais e investimentos em tecnologia que visem à prevenção, interrupção ou eliminação de processos de degradação ambiental. O Balanço Social, que inclui o passivo ambiental é, atualmente, um importante instrumento nas avaliações da saúde financeira de empresas, pois previne a responsabilidade e as obrigações legais oriundas da legislação ambiental.
O Balanço Social é de grande importância para as empresas, tanto que o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, em sua Convenção Anual de 2006, escolheu e discutiu durante três dias o tema: Balanço Social e Meio ambiente.
Mesmo que seja por motivos econômicos, o empresário esclarecido sabe que sua empresa deve seguir normas que destaquem sua responsabilidade social. Sob este ponto de vista, não haverá conflito entre desenvolvimento e meio ambiente.
Andar de bicicleta é fácil. Dificil é encontrar estacionamento e ciclovia desimpedida, no Rio. Ando de bicicleta e gostaria de conhecer os 140 km de ciclovia do Rio. Quem conhece?! Não vale via compartilhada nem via interrompida por árvores, assaltantes, camelôs, "personal trainings", carrinhos de bebês, carros e outros obstáculos.
As florestas do Rio de Janeiro ao alcance dos interessados.
O site do NIMA-PUC Rio noticia que a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) assinaram em dezembro passado um contrato para elaboração do "Programa Integrado de Monitoria Remota de Fragmentos Florestais e de Crescimento Urbano no Rio de Janeiro" (PIMAR), que será desenvolvido pelo NIMA (Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente da PUC-Rio) e coordenado pelo Laboratório de Geoprocessamento do antigo Instituto Estadual de Florestas (IEF), atual Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
Conforme o site do Projeto PIMAR, esse é um projeto piloto de monitoramento contínuo via imagens de satélite de alta resolução que visa identificar os fragmentos florestais e eventuais processos de expansão urbana.
Ainda é informado que o referido programa é parte do conjunto de ações desenvolvidas pela SEA e IEF, visando ao monitoramento e controle da expansão urbana horizontal e vertical sobre áreas preservadas do Estado. E, para execução desse programa, o Governo Estadual contratou os trabalhos desenvolvidos pela PUC-Rio, única detentora do conhecimento técnico a ser executado. O período de duração do contrato de prestação de serviço é de 18 meses.
Sobre a área física do PIMAR, a atuação do programa está concentrada nos principais maciços da cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente Tijuca e Pedra Branca, onde estão localizados o Parque Nacional da Tijuca e a porção norte do Parque Estadual do Maciço da Pedra Branca. Além disso, serão contempladas as quatro favelas atendidas pelo PAC no Rio de Janeiro (Complexo do Alemão, Rocinha, Pavão-Pavãozinho e Manguinhos). O monitoramento da expansão urbana nestas áreas será importante para subsidiar o planejamento de ações do governo, além de auxiliar na própria gestão do território, de acordo com a informação.
Sem dúvida, será de grande valia para os interessados no estudo e acompanhamento das atividades socioambientais na região do município do Rio de Janeiro. E faço votos que a PUC Rio consolide esse projeto e continue a participar do desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro no contexto do planeta.