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sábado, 10 de outubro de 2009

Primavera em cerimonial procissão


Com as chuvas dos últimos dias, com os ares de tardio inverno, com os céus repletos de nuvens escuras e ventos frios, setembro faz-me lembrar do meu poema abaixo:

Estações em cerimonial procissão


Ventos gélidos sopram do Sul Antártico.

Como gaivota em vôo fantástico,

Em rasantes, nuvens baixas ameaçam,

E, levadas pelos ventos, da Antártida se afastam.


Pingüins, aos milhares, buscam águas cálidas.

Em pleno Atlântico, marinhas criaturas -

Lobos, pingüins e baleias, seguem perfiladas.

Correntes, nuvens e ventos rumam para o Norte

Em cerimonial procissão.


Cálidos ventos marinhos sopram para Leste.

Desde o Pacífico Oceano, águias em alto plano,

Como as nuvens surgidas no Oeste,

Em busca de rumo no Atlântico Netuno.


El Niño e La Niña brincam, sobre as águas e ares.

Os ventos se enfurecem em busca de sua sorte;

Os pingüins, aos milhares, buscam cálidas correntes,

No sentido Sul / Norte.


As correntes aéreas e marinhas, cálidas e glaciais,

Encontram-se, fundem-se, revolvem terras e abissais,

Ultrapassam um Porto Alegre, Babitonga e Ilha Bela.

Capricórnio, clima temperado, uma semente abrolha,

Uma flor desabrocha. É setembro. É Primavera.


© Luiz Ramos

outubro de 2007


Foto:ramosforest(c)

4 comentários:

Luma Rosa disse...

Luíz, ficou super original um poema que fala dos últimos acontecimentos relativos ao tempo. O tempo passa, o tempo voa e continua tudo igual! (rs*) Bom feriado! Beijus

Regina disse...

So pretty Luiz!

Anônimo disse...

Lindo o seu poema... A natureza se expressando...

Unknown disse...

Ótimo lembrarmos da primavera, desde algum tempo as pessoas passaram a virar o pescoço para perceber a nova estação. A renovação da nossa vida, através da natureza, assim como o ciclo da lua. Parabéns pelo texto poético. Abraços.

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