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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Chuvas, Verão e deslizamentos


Não se esqueçam de Angra dos Reis , Ilha Grande e outras localidades com catástrofes
neste fim de ano


É Verão. Olha a chuva...!


O Inverno se foi, a Primavera, também. O Verão chegou. Cuidado com as chuvas...

Por isso repito esse meu post


Escorregamentos


Quando o inverno começa a dar sinais de que vai embora, eu começo a me preocupar. Este tema é tão preocupante que tem sido tratado até nas Nações Unidas.


A nível mundial, pode-se constatar um incremento dos acidentes naturais ao longo do tempo. Isto se deve em grande parte ao crescimento populacional e à expansão desordenada da urbanização. Nos últimos anos os acidentes naturais provocaram grandes perdas humanas e expressivos prejuízos materiais. No âmbito nacional, algumas iniciativas têm sido tomadas para minorar e prevenir os deslizamentos.


1. No Brasil, a grande maioria dos escorregamentos ocorre nos meses de verão (dezembro a março), destacando-se o mês de janeiro e fevereiro. Estes aspectos do clima tendem a variar de acordo com as mudanças climáticas, cada vez mais instáveis em função dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña.


Por isso, faz-se necessária a manutenção de taludes estabilizados através de obras de contenção. A falta de manutenção das obras de contenção é um importante fator que contribui para os acidentes em encostas, pois muitos deslizamentos são provocados pela infiltração de água nas encostas e pela erosão do solo durante fortes chuvas. Se as tubulações subterrâneas para transporte de água ou esgoto vazarem, também poderão provocar deslizamento de terra e, por isso, deverão também sofrer manutenção.


As inspeções rotineiras de manutenção devem ser realizadas pelo menos uma vez ao ano. Quaisquer obras de manutenção necessárias devem ser concluídas antes do início da temporada de chuvas.


Inspeções de engenharia e manutenções rotineiras são imprescindíveis para garantir a segurança dos taludes com obras de contenção. Somente quando a manutenção for feita na encosta ou no muro de contenção do modo especificado pelo engenheiro geotécnico e implementadas com suas recomendações, incluindo a avaliação de estabilidade e obras de melhoria, o talude poderá ser considerado em condições seguras.


Proprietários privados são responsáveis pelos taludes e obras de contenção dentro de seus terrenos. Em certas condições, os proprietários também podem ser responsáveis pela manutenção de taludes e obras de contenção adjacentes ao terreno.


2. Riscos nas encostas devem ser estudados e monitorados para prevenir acidentes com moradores de comunidades carentes em encostas. Assim, atividades específicas devem ser evitadas, pois são causas de deslizamento, a saber:


- escavar ou aterrar as encostas.

- destruir a vegetação dos morros.

- jogar lixo nas encostas.

- ocupar áreas com suspeitas de risco, apresentando trincas ou afundamentos do terreno ou próximas de blocos de rocha.

- construir ou jogar lixo sobre valas de escoamento de água.


Algumas providências preventivas podem diminuir o risco de acidentes:

- verificar sempre se o sistema de escoamento de águas está livre.

- suspeitando de perigo e havendo obras, solicitar uma vistoria ao órgão público responsável.

- suspeitando de perigo e não havendo obra no local, telefone para a Defesa Civil para uma vistoria.

- se você mora abaixo de depósito de lixo, de barrancos, de pedras amontoadas no caminho natural das águas, abandone o local nos dias de fortes chuvas e dirija-se a local seguro.

- se você mora em local seguro, abrigue as pessoas que moram em locais de risco, quando houver chuvas contínuas e fortes.

- acompanhe as chuvas e verifique o risco de deslizamento na sua área através dos serviços de informações meteorológicas e geológicas.


Preocupe-se com seu imóvel, com sua vizinhança, com as comunidades carentes de sua cidade. E que tenhamos um verão sem notícias de tragédias por causa de fenômenos naturais e outros provocados pelo homem.


Luiz Ramos ©


Fonte: Monografia - Avaliação Geoambiental de Bacia Hidrográfica – Luiz Ramos da Silva Filho – PUC Rio - 2003

Foto: ramosforest©

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Luiz Ramos,

É deplorável que o ser humano tenha progredido sem se importar com o meio ambiente. Toda essa mudança climática, que resultam em furacões sim, no Brasil (quem diria!!), em tsunamis, chuvas em abundância por vários dias seguidos, calor exorbitante, enfim, são decorrentes da poluição e do desmatamento sem controle. Tudo em decorrência do homem ambicioso, sem escrúpulos. Incapaz de pensar no próximo. Agora, para reverter o prejuízo causado, vai demorar uma eternidade, sendo preciso conscientização individual e coletiva (grupos de pessoas físicas e jurídicas), além de uma política com eficiência e força reparadora.

Com certeza vale à pena refletirmos no sério problema e mudarmos as nossas atitudes para favorecer o meio ambiente. O que seremos se este ficar mais "doente"?! Dependemos dele para a nossa inteira subsistência.

Um abraço,
Ana Lúcia.

ana disse...

é muito triste toda essa tragédia, mas as pessoas precisam perceber que não podem construir suas moradias em qualquer lugar, a natureza precisa ser respeitada

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