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domingo, 13 de abril de 2008

A Mamona Sustentável.

Mamona para biodiesel

Biodiesel Mamona

I remember my childhood at Grandmother's farm. The new biofuel - natural source, mamona (see picture), was just a toy for the children.
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A Mamona Sustentável.

No meu tempo de criança, eu vivia os meus melhores momentos no campo, na casa de minha avó. Lá, onde existe o fogão de lenha que faz aquele café em coador de pano. Eu creio que Monteiro Lobato, quando escreveu o Sítio do Pica-pau Amarelo, baseou-se em um lugar como aquele.

A pesca de balaio no ribeirão era usual e ninguém se preocupava com o fato de pegar de uma só vez todos os tamanhos de lambaris. A consciência ambiental era quase nenhuma, para não dizer que não existia.

Corríamos, eu, meus irmãos e primos e outras crianças, pelos caminhos e pelas matas, acompanhados pelo Titiu e pelo Leão, dois cachorros grandes e de raça indefinida. Do outro lado da mata, havia um pomar com mangas, jabuticabas, laranjas, caquís, figos e muita água mineral que brotava do chão em nascentes de águas cristalinas. Havia até mesmo uma nascente de água com gás natural. Sim, a água saia da terra com borbulhas, gaseificada pela própria natureza.

Mais adiante, na encosta do morro, gostávamos de parar em uma plantação de mamonas, que era considerada uma planta sem valor, que não servia para nada e ocupava grandes áreas sem aproveitamento. Nós usávamos os frutos da mamona como brinquedos diversos e a planta era ótima para se subir em seus galhos. Mas era necessário ter muito cuidado, pois os galhos da mamona eram pouco resistentes. Naquele tempo, sem a sofisticação dos dias atuais, as crianças eram bastante criativas e de muita imaginação. Mas o que ninguém imaginava, então, era que a mamona chegaria a fazer parte da matriz energética do país e poderia ser um exemplo de sustentabilidade.

Em 1987, Gro Brundtland, a representante da Noruega em um grupo de 21 países que se reuniu para tratar de Meio Ambiente, ao preparar o Relatório final da reunião usou o termo “sustentabilidade” no sentido de ter iniciativas nas áreas de tecnologia, economia e transportes e outros mais, conscientes dos impactos ambientais.

Na Conferência sobre Meio Ambiente, a ECO-Rio 92, no Rio de Janeiro, criou-se a Agenda 21 com quarenta pontos problemáticos a serem discutidos pela sociedade e solucionados para se atingir uma atividade ambientalmente sustentável, em seu sentido mais amplo, social, econômico e ambiental. Neste contexto, deveriam estar a Convenção do Clima e o Protocolo de Kyoto.

Mas, o que a mamona tem a ver com isso? A mamona apresenta-se como uma fonte alternativa de combustível ou de energia sustentável, embora seja certo de que nenhuma fonte de energia é inteiramente compatível com o meio ambiente. Mas a mamona poderá ser uma solução para que se minimize em parte os impactos ambientais da produção de energia. Digo que poderá ser, caso não se comece a plantar mamona indiscriminadamente, como já se faz com a cana-de-açúcar.

Luiz Ramos

Foto: ramosforest

5 comentários:

Unknown disse...

Olá,

Estou entrando em contato novamente para me colocar à disposição ao esclarecimento de dúvidas referente ao e-mail que enviei no dia 31/03/08, tratando da Parceria Comercial entre o Site RAMOSFOREST.ENVIRONMENT com a HOTWords.

Qualquer dúvida ou maiores informações, por favor, entre em contato comigo.

Abraços,
Stephanie Sarmiento
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smarques@hotwords.com.br
www.hotwords.com.br
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Phone: 11 3178 2514

Anônimo disse...

Luiz

Esse texto é magnífico.

beijos

Daniel J Santos disse...

O problema é esse mesmo, na procura de alternativas aos combustíveis fosseis, o mundo exagera e a cura pode ser muito pior que a doença.

This Is My Blog - fishing guy disse...

Luiz: I think I remember seeing this plant and fruit when visiting Costa Rica.

Madalena Barranco disse...

Mamonas? Tão pequenas e poderosas! Pelo menos era assim que eu e meus amigos de brincadeiras nos sentíamos quando entrávamos em um terreno baldio receado de mamonas, e fazíamos uma guerra com as bolinhas verdes. Quanto ao combustível - eu me encantei com sua notícia - mas, sempre há um porém, não é mesmo? A utilização e cultivo deverá ser na medida certa, assim como você sugeriu. Beijos.

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